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Mulher pede indenização por que hospital tentou salvar marido com transfusão

Um juiz de Minas negou o pedido da devota das Testemunhas de Jeová, colocando o direito à vida acima do direito à crença religiosa

Mais uma vez aconteceu: um hospital fez transfusão de sangue em um paciente para tentar salvar sua vida, embora ele fosse de uma religião que não aceita esse procedimento. Só que dessa vez a mulher do enfermo recorreu à Justiça para obter indenização,

O juiz Marcelo Paulo Salgado, da Vara Cível de Belo Horizonte (MG) julgou o pedido improcedente, justificando que os médicos do Hospital Felício Rocho agiram no exercício de seu dever profissional.

O hospital divulgou que “o bem da vida foi colocado como prioridade e a transfusão como medida essencial”.

Conhecida por seu fundamentalismo, a religião Testemunhas de Jeová acredita que a Bíblia proíbe a transfusão de sangue (Gênesis 9:4; Levítico 17:10; Deuteronômio 12:23; Atos 15:28, 29) e quem for submetido ao procedimento não poderá entrar no Paraíso.



A mulher pedira a indenização sob o argumento de que a transfusão ocorreu sem a autorização do marido, havendo um afronta ao direito à liberdade de religião dele.

Antes, ela obtivera uma liminar para que a transfusão fosse suspensa e que havia uma alternativa médica. O paciente estava se recuperando, mas, com a interrupção do tratamento, piorou e morreu.

Ao negar uma recompensa em dinheiro (o valor não foi divulgado) à mulher, o juiz ressaltou que havia necessidade de uma transfusão urgente, porque o prontuário do hospital mostrava o elevado risco de morte súbita.

O que vale mais, o direito à crença ou a vida, mesmo que, no caso, a pessoa queira morrer? 

A questão não é simples, evoca mais de uma resposta e está esperando a vez para ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, os juízes que atendem o pedido negacionista dos TJs são uma minoria.

Para TJs, o sangue é 
um presente divino, mas
não para salvar vida

> Com informação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e de outras fontes. 

Testemunha de Jeová compara a transfusão de sangue a estupro

• Zezé Mota teve conflito com sua mãe por causa das Testemunhas de Jeová

• Na Rússia, Testemunhas de Jeová tomam do seu próprio veneno



Comentários

Revista Banksia disse…
Essa mulher MATOU o marido! Tinha que ser julgada por HOMICÍDIO, e perder o direito a qualquer herança que ele tenha deixado!
Anônimo disse…
Meu corpo, minhas regras é simples. O estupro também gera vida, mas alguém pode colocar substância à força em outra pessoa? É claro que não. Então se não quero sangue dos outros no meu corpo, sou eu que mando e já era. Por isso que vários e vários tribunais já decidiram a favor das Testemunhas. Quanto a quem escreveu essa matéria, acredito que o dinheiro deixado na faculdade foi desperdiçado. Que tal tentar culinária?

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