A militância de cristãos na extrema direta está afastando os americanos dos templos; campanha milionária tenta recuperar imagem deteriorada de Jesus
PAULO LOPES
PAULO LOPES
jornalista
Cristãos bilionários estão promovendo uma campanha — He Gets Us (Ele nos entende, em tradução livre) — para recuperar nos Estados Unidos a imagem de Jesus, degastada pela militância de lideranças religiosas na extrema direita, além de oposição à legalização do aborto e aos direitos de igualdade reivindicados por LGBT+, entre outras questões.
Lançada em março de 2022, a campanha investirá em publicidade mais de US$ 950 milhões nos próximos três anos.
Só no dia 12 de fevereiro de 2023, no Super Bowl, o maior evento esportivo do país, houve a transmissão de dois anúncios ao custo de US$ 20 milhões, disputando com fabricantes de carros, cervejas e alimentos a atenção de 100 milhões de telespectadores.
Os organizadores da campanha estimam que 54% dos adultos americanos se desconectaram de instituições religiosas, embora culturalmente sejam cristãos.
Outra pesquisa, do Pew Research Center, capta a decadência acelerada do cristianismo. Em 2007, as pessoas que se identificavam como cristãs eram 78% da população, caindo para 63% em 2021.
Lançada em março de 2022, a campanha investirá em publicidade mais de US$ 950 milhões nos próximos três anos.
Só no dia 12 de fevereiro de 2023, no Super Bowl, o maior evento esportivo do país, houve a transmissão de dois anúncios ao custo de US$ 20 milhões, disputando com fabricantes de carros, cervejas e alimentos a atenção de 100 milhões de telespectadores.
O Jesus dessa campanha não é aquele evocado por conservadores para argumentar contra uma sociedade inclusiva. Trata-se de um Jesus que se apresenta em vídeos em preto e branco como "o médico", "o refugiado" e "o rebelde", etc. Um dos anúncios diz que "Jesus amou as pessoas que odiamos".
O empresário Brad Hill, um dos financiadores da campanha, entre 20 mil, afirmou que a proposta é "mostrar que a experiência de Jesus pode ser relevante para os fardos da sociedade de hoje: solidão, ansiedade, problemas de saúde mental".
Os Estados Unidos ainda é dos países mais religiosos do mundo, com a hegemonia do cristianismo, mas há indicadores de que ele não se manterá assim por muito tempo, dada a rejeição da população à estridente pregação fundamentalista.
Por isso, a campanha para tentar resgatar o ícone do cristianismo foca nas pessoas que estão se afastando das igrejas, colocando a religião sob questionamentos.
O empresário Brad Hill, um dos financiadores da campanha, entre 20 mil, afirmou que a proposta é "mostrar que a experiência de Jesus pode ser relevante para os fardos da sociedade de hoje: solidão, ansiedade, problemas de saúde mental".
Os Estados Unidos ainda é dos países mais religiosos do mundo, com a hegemonia do cristianismo, mas há indicadores de que ele não se manterá assim por muito tempo, dada a rejeição da população à estridente pregação fundamentalista.
Por isso, a campanha para tentar resgatar o ícone do cristianismo foca nas pessoas que estão se afastando das igrejas, colocando a religião sob questionamentos.
Os organizadores da campanha estimam que 54% dos adultos americanos se desconectaram de instituições religiosas, embora culturalmente sejam cristãos.
Conforme pesquisa de 2022 do instituto Ipsos encomendada pela Igreja Episcopal, os não cristãos consideram os cristãos como "hipócritas" (50%), fazem o que não pregam, e são "categóricos em seus julgamentos" (49%) ou "arrogantes" (32%).
Outra pesquisa, do Pew Research Center, capta a decadência acelerada do cristianismo. Em 2007, as pessoas que se identificavam como cristãs eram 78% da população, caindo para 63% em 2021.
Desses 63%, 40% são protestantes (contra 52% em 2007) — dos quais 24% são evangélicos — e 21% católicos (contra 24% em 2007). Outras religiões representam 6% da população, taxa quase estável (5% em 2007).
A campanha He Gets Us pode ter resultado negativo, porque, para pessoas com influência na opinião pública, os financiadores poderiam ajudar os marginalizados retratados nos vídeos, em vez de gastar uma fortuna em publicidade.
A campanha He Gets Us pode ter resultado negativo, porque, para pessoas com influência na opinião pública, os financiadores poderiam ajudar os marginalizados retratados nos vídeos, em vez de gastar uma fortuna em publicidade.
> Com informação da campanha He Gets Us, do La Croix e de outras fontes e com imagem gerada pela IA Dall-e-2.
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Comentários
Chamar a Bíblia de um guia moral é uma afronta à decência e a dignidade dos povos, é ridicularizar e subestimar o intelecto humano.*
Quando a ciência derrotar o atraso e o fanatismo, a verdade se imporá sobre a fé e as crendices, pois as interpretações fantasiosas não prevalecerão sobre a racionalidade. Há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade, e a Ciência, que se baseia na Observação, na Razão, e na Lógica. A Ciência ganhará porque funciona.Esta, sim, pode nos salvar enquanto jesus cristo e deus são tão reais quanto a lenda da Fada do Dente, o Saci-pererê, o Peter-Pan, o Papai-Noel, a Mula Sem Cabeça, ou as fantasias mirabolantes e delirantes de uma mente louca.
Quando a ciência derrotar o atraso e o fanatismo, a verdade se imporá sobre a fé e as crendices, pois as interpretações fantasiosas não prevalecerão sobre a racionalidade. Há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade, e a Ciência, que se baseia na Observação, na Razão, e na Lógica. A Ciência ganhará porque funciona.Esta, sim, pode nos salvar enquanto jesus cristo e deus são tão reais quanto a lenda da Fada do Dente, o Saci-pererê, o Peter-Pan, o Papai-Noel, a Mula Sem Cabeça, ou as fantasias mirabolantes e delirantes de uma mente louca.
daonde você tirou esse texto ?
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