Representação artística do Ubirajara jubatus, descrito a partir de fóssil descoberto na bacia do Araripe Ilustração: SBP |
REVISTA PESQUISA FAPESP
Um fóssil levado ilegalmente do Brasil para a Europa em meados da década de 1990 vai retornar ao país depois de dois anos de negociações diplomáticas. O anúncio foi feito em Brasília pelo Instituto Guimarães Rosa, vinculado ao Ministério das Relações Exteriores.
O fóssil foi coletado em um sítio na bacia do Araripe, na divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco, e integrado ao acervo do Museu de História Natural de Karlsruhe, na Alemanha.
Após anos de estudos, concluiu-se que é o registro único de um dinossauro com o tamanho de uma galinha, que viveu há cerca de 120 milhões de anos onde hoje é o Nordeste brasileiro, andava sobre duas patas, tinha o corpo coberto por fios longos e finos e se alimentava de insetos e pequenos vertebrados.
O caso veio à tona há dois anos, quando paleontólogos do Reino Unido e da Alemanha publicaram um artigo sobre o fóssil, classificando-o como uma nova espécie de dinossauro, batizado de Ubirajara jubatus.
Com as evidências de que o material foi alvo de traficantes, a revista científica que publicou o achado, a Cretaceous Research, retirou o artigo de seu site.
Aline Ghilardi, paleontóloga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, que liderou uma campanha nas redes sociais pela repatriação do fóssil, disse à revista Nature que o retorno do material é “mensagem importante contra o colonialismo da ciência no século XXI e abre um forte precedente para que mais fósseis voltem aos seus países de origem”.
O destino do fóssil, definido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, será o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no Ceará.
Ubirajara jubatus foi assunto de uma reportagem de capa da revista Pesquisa FAPESP publicada em março de 2021.
Com as evidências de que o material foi alvo de traficantes, a revista científica que publicou o achado, a Cretaceous Research, retirou o artigo de seu site.
Aline Ghilardi, paleontóloga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, que liderou uma campanha nas redes sociais pela repatriação do fóssil, disse à revista Nature que o retorno do material é “mensagem importante contra o colonialismo da ciência no século XXI e abre um forte precedente para que mais fósseis voltem aos seus países de origem”.
O destino do fóssil, definido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, será o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no Ceará.
Ubirajara jubatus foi assunto de uma reportagem de capa da revista Pesquisa FAPESP publicada em março de 2021.
> Com ilustração da publicada originalmente na Wikimedia Commons.
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