Em 2015, o deputado e pastor afirmou ter sido um "crime de profanação contra o símbolo religioso" a Parada Gay de São Paulo ter mostrado uma atriz transexual crucificada
A Justiça de São Paulo penhorou de uma conta no Banco do Brasil do deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) R$ 254.240,75 por ele incentivar a homofobia. A sentença foi assinada no dia 5 de maio.
Em 2015, Feliciano defendeu a proibição da Parada Gay de São Paulo por permitir que uma atriz desfilasse crucificada como Jesus Cristo.
Ele considerou na época as imagens da crucificação como "chocantes" e "blasfemas" e os organizadores da parada cometeram, assim, acusou, "crime de profanação contra o símbolo religioso".
"Pegaram os símbolos da minha fé, da fé cristã, e expuseram publicamente num ato de completa falta de respeito."
Viviany Beleboni disse que não quis ofender nenhuma religião |
A atriz transexual Viviany Beleboni desfilou crucificada em protesto contra o aumento de mortes na comunidade LGBT+ em decorrência do preconceito.
A ação contra o deputado foi movida pela ong Abcd's (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual (Abcd's).
A condenação de Feliciano ocorreu em 2021 por danos morais coletivos. Para 33ª Vara Cível, o direito de crença e liberdade de expressão é constitucional, mas não é absoluto diante de "outras garantias fundamentais", mesmo quando um parlamentar esteja envolvido.
O valor da condenação naquele momento foi R$ 100 mil e agora mais que dobrou por conta das correções.
A Parada Gay de 2015 teve forte repercussão na rede social, com comentários a favor e contra. Na época, a espírita Viviany afirmou que não teve nenhuma intenção de ofender a religião.
Pastor Feliciano perde mais uma ação na Justiça |
“Minha depiladora é evangélica e me ligou dizendo que me ama mesmo assim", disse.
"Tenho certeza de que Deus quer somente o amor ao próximo e na Bíblia diz isso, mas alguns ainda insistem em julgar a vida dos outros de forma agressiva, se escondendo em ensinamentos que, tenho certeza, as igrejas não pregam.”
Não é a primeira ação que Feliciano perde na Justiça. Também em 2015, a Justiça de São Paulo arquivou um processo do pastor contra os humoristas do Porta dos Fundos que, no vídeo "Natal 2013", José questiona a virgindade de Maria.
> Com informação de o Globo e de outras fontes.
• Feliciano associa entidade de ateus ao ‘maligno’
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