O IBGE estima que a devastação ameaça 12% da biodiversidade brasileira
O levantamento tem como base as listas de fauna — elaboradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) — e da flora, produzidas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), ambas divulgadas em 2022.
Segundo o estudo, as duas instituições avaliaram 21.456 espécies de animais e plantas em todos os biomas do país, ou seja, cerca de 12% de toda a biodiversidade brasileira. A partir daí, os técnicos classificaram como espécies em situação de ameaça, que pode ser, em ordem crescente de preocupação: vulnerável (VU), em perigo (EM) e criticamente em perigo (CR).
As consideradas “com dados insuficientes (DD)”, “menos preocupantes (LC)” e “quase ameaçada (NT)” não são ameaçadas. A categoria NT é o último passo antes de a espécie entrar na classificação VU: vulnerável.
Em seguida, aparece o cerrado que, com 7.385 avaliações de espécies, teve 1.199 consideradas em risco (16,2% do total). Outros biomas com mais de 10% da vida selvagem ameaçada entre aquelas espécies avaliadas são a caatinga (3.220 ou 14,9%) e os pampas (229 ou 13,7%).
Os biomas com menor número de espécies ameaçadas entre as avaliações são a Amazônia (503 ou 6%) e o Pantanal (1.825 ou 4,1%).
“Isso é um bom avanço no sentido de ter um quadro mais completo de como está a situação das espécies do Brasil e, consequentemente, como está a condição dos ecossistemas onde elas ocorrem”, disse Bergamini.
As espécies ameaçadas recuaram tanto na flora quanto na fauna. As espécies de planta com risco de extensão passaram de 47,4% em 2014 para 42,7% em 2022. Já os animais ameaçados caíram de 9,8% para 9% no período. A queda, segundo o IBGE, pode ser explicada pelo aumento do número de avaliações de espécies.
Ambientes
Em relação aos ambientes, a maior parte das espécies de espécies tanto para fauna quanto para flora é de ambiente terrestre, indo de 65% em 2014 para 70% em 2022. As espécies de água doce passaram de 39% para 37% e as de ambiente marinho, de 16% para 15%.
Rolinha-do-planalto
Rãzinha-de-barriga-colorida
Murucututu
Jararaca-de-alcatrazes
Palmito-Juçara
Umbu-cajá
Jaborandi
Pau-Brasil
Araucária
Pau-ferro
Labão
Canelinha
Brasiliana
Gravatá
Lélia
Trecho da Mata Atlântica no Rio de Janeiro |
jornalista
Agência Brasil
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro com maior número de espécies de plantas e animais ameaçados de extinção no país. A constatação é da pesquisa Contas de Ecossistemas — Espécies Ameaçadas de Extinção no Brasil 2022, divulgada no Rio de Janeiro pelo (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O levantamento tem como base as listas de fauna — elaboradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) — e da flora, produzidas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), ambas divulgadas em 2022.
Segundo o estudo, as duas instituições avaliaram 21.456 espécies de animais e plantas em todos os biomas do país, ou seja, cerca de 12% de toda a biodiversidade brasileira. A partir daí, os técnicos classificaram como espécies em situação de ameaça, que pode ser, em ordem crescente de preocupação: vulnerável (VU), em perigo (EM) e criticamente em perigo (CR).
As consideradas “com dados insuficientes (DD)”, “menos preocupantes (LC)” e “quase ameaçada (NT)” não são ameaçadas. A categoria NT é o último passo antes de a espécie entrar na classificação VU: vulnerável.
Avaliação
A Mata Atlântica foi o bioma com maior número de espécies de espécies: 11.811. Também é a área com maior total de espécies ameaçadas: 2.845, ou seja, quase um quarto (24,1%).Segundo o IBGE, 43% das espécies ameaçadas vivem na Mata Atlântica. É também o bioma com mais espécies declaradas extintas: oito, segundo o IBGE, sendo a mais recente a perereca-gladiadora-de-sino (Boana cymbalum).
Leonardo Bergamini, pesquisador do IBGE, explica que “isso está relacionado com características intrínsecas ao próprio bioma, com muitas espécies endêmicas, espécies com distribuição restrita, mas também existe um fator que é o histórico de ocupação da Mata Atlântica, o bioma com maior histórico de ocupação e maior perda de área nativa".
Leonardo Bergamini, pesquisador do IBGE, explica que “isso está relacionado com características intrínsecas ao próprio bioma, com muitas espécies endêmicas, espécies com distribuição restrita, mas também existe um fator que é o histórico de ocupação da Mata Atlântica, o bioma com maior histórico de ocupação e maior perda de área nativa".
"Há um terceiro fator: a maioria das instituições e centros de pesquisa está localizada nesse bioma, então existe uma maior disponibilidade de informações sobre sua biodiversidade, o que permite avaliar melhor o risco de extinção das espécies."
Os biomas com menor número de espécies ameaçadas entre as avaliações são a Amazônia (503 ou 6%) e o Pantanal (1.825 ou 4,1%).
Espécies avaliações
O IBGE também informou que o total de espécies avaliações em 2022 aumentou em relação à lista elaborada em 2014. As plantas passaram de 9% do total (4.304) para 15% (7.517), enquanto os animais subiram de 10% (12.009) para 11% (13.939).“Isso é um bom avanço no sentido de ter um quadro mais completo de como está a situação das espécies do Brasil e, consequentemente, como está a condição dos ecossistemas onde elas ocorrem”, disse Bergamini.
As espécies ameaçadas recuaram tanto na flora quanto na fauna. As espécies de planta com risco de extensão passaram de 47,4% em 2014 para 42,7% em 2022. Já os animais ameaçados caíram de 9,8% para 9% no período. A queda, segundo o IBGE, pode ser explicada pelo aumento do número de avaliações de espécies.
Ambientes
Em relação aos ambientes, a maior parte das espécies de espécies tanto para fauna quanto para flora é de ambiente terrestre, indo de 65% em 2014 para 70% em 2022. As espécies de água doce passaram de 39% para 37% e as de ambiente marinho, de 16% para 15%.
Fauna
- Vulnerável
Lobo-guará
Boto-cinza
Gavião-cinza
Gavião-cinza
- Em perigo
Tartaruga-de-pente
Rã-de-corredeira
Atobá-de-pé-vermelho
Rã-de-corredeira
Atobá-de-pé-vermelho
- Criticamente em perigo
Jacu-de-alagoasRolinha-do-planalto
Rãzinha-de-barriga-colorida
Murucututu
Jararaca-de-alcatrazes
Flora
- Vulnerável
Brinco de princesaPalmito-Juçara
- Em perigo
Breu sem cheiroUmbu-cajá
Jaborandi
Pau-Brasil
Araucária
Pau-ferro
Labão
- Criticamente em perigo
Pente-de-macacoCanelinha
Brasiliana
Gravatá
Lélia
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