Saulo Jucá foi mais uma vítima da xenofobia de portugueses. Levou chutes no rosto e costelas só por ser brasileiro
PRAGMATISMO
O engenheiro civil Saulo Jucá, 51, estava em um café na rua de casa quando um homem se aproximou e perguntou onde ele havia nascido. “Eu estava com dois amigos e eles foram embora. Decidi ficar um pouco mais e estava falando com o dono do café quando o agressor ouviu o meu sotaque […] Ele me agrediu, chutou minha cara e minhas costelas”, conta Saulo.
Saulo mora desde 2021 na cidade de Braga, em Portugal, e tem cidadania portuguesa. Ele trabalha com fiscalização de obras. O ataque ocorreu no dia 10 de junho, data em que se comemora o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, feriado nacional do país.
O brasileiro foi socorrido para o hospital de Braga e teve alta no dia seguinte. “Estou todo quebrado, tenho que ficar de repouso”, diz.
Ele prestou queixa do caso e aguarda a polícia local coletar as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. O exame de corpo de delito foi realizado hoje.
Saulo afirma que o ataque xenofóbico foi “covarde” e aguarda justiça pelas agressões. “Eu vou colocar um advogado para cuidar do caso. Existem imagens das câmeras do local e o ataque foi filmado”, declarou.
Segundo Saulo, não é raro ouvir comentários xenofóbicos no cotidiano. “A xenofobia aqui é uma coisa que, para eles, é normal, mas para a gente não é. Eu já tinha presenciado comentários preconceituosos e racistas, mas nunca tinha sofrido xenofobia diretamente”.
As agressões aconteceram no bar Titanic Sur Mer no Cais do Sodré, em Lisboa. Jefferson conta que, quando estavam indo embora do local, foi ao banheiro e demorou para voltar. Quando Luís decidiu ir atrás dele dentro do bar, foi impedido de entrar e empurrado por três seguranças. “Ele recebeu um soco no rosto e foi ao chão sem ter feito nada”, relata Jefferson.
Ao ouvir o que aconteceu, Jefferson tentou apartar a confusão e acabou também sendo agredido, assim como a prima de Luís, que os acompanhava naquela noite. Em seguida, desesperado, Jefferson tentou tirar o foco da agressão de Luís jogando uma pedra, que acabou quebrando uma vidraça.
“Vi ele sendo agredido sem ter feito nada, então fui em sua defesa tentando apartar, mas fui agredido. Revoltado com as agressões, joguei uma pedra na frente do local, quebrando um vidro. Neste momento, o foco das agressões foi para mim. Começou então uma cena de horror, na qual eu fui afogado no rio Tejo, torturado e agredido. A todo momento eles gritavam que iam me matar. Só pararam quando a polícia chegou”.
Imagens obtidas pela emissora portuguesa TVI mostram o momento em que Jefferson foi atacado dentro da água. “Fiquei completamente ensanguentado e a agressão só parou quando a polícia chegou”, relata Jefferson.
O casal foi levado ao hospital, onde recebeu atendimento. Jefferson teve o nariz fraturado em três partes e passou por cirurgia.
Segundo Luís, a vidraça foi quebrada em legítima defesa. “Eles dão ênfase ao dano material, na vidraça quebrada. Mas o Jefferson quebrou em legítima defesa. O bar diz que era uma briga entre clientes, mas nas imagens dá para ver o segurança em cima dele.”
Ainda de acordo com o casal, quando a polícia chegou, o primeiro questionamento foi sobre eles serem imigrantes em situação legal no país. Jefferson mora em Portugal há seis anos e Luis, há um ano. “Nós, brasileiros, temos muito medo, porque não temos o mesmo tratamento. Se não mostramos que estamos legais no país, não querem nem ouvir a gente”.
PRAGMATISMO
O engenheiro civil Saulo Jucá, 51, estava em um café na rua de casa quando um homem se aproximou e perguntou onde ele havia nascido. “Eu estava com dois amigos e eles foram embora. Decidi ficar um pouco mais e estava falando com o dono do café quando o agressor ouviu o meu sotaque […] Ele me agrediu, chutou minha cara e minhas costelas”, conta Saulo.
Saulo mora desde 2021 na cidade de Braga, em Portugal, e tem cidadania portuguesa. Ele trabalha com fiscalização de obras. O ataque ocorreu no dia 10 de junho, data em que se comemora o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, feriado nacional do país.
Jucá apanhou ao dizer ter nascido no Brasil |
O brasileiro foi socorrido para o hospital de Braga e teve alta no dia seguinte. “Estou todo quebrado, tenho que ficar de repouso”, diz.
Ele prestou queixa do caso e aguarda a polícia local coletar as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. O exame de corpo de delito foi realizado hoje.
Saulo afirma que o ataque xenofóbico foi “covarde” e aguarda justiça pelas agressões. “Eu vou colocar um advogado para cuidar do caso. Existem imagens das câmeras do local e o ataque foi filmado”, declarou.
Segundo Saulo, não é raro ouvir comentários xenofóbicos no cotidiano. “A xenofobia aqui é uma coisa que, para eles, é normal, mas para a gente não é. Eu já tinha presenciado comentários preconceituosos e racistas, mas nunca tinha sofrido xenofobia diretamente”.
Outro caso
No dia 22 de maio, dois brasileiros já tinham sido agredidos. Jefferson Tenório, 29, e Luís Almeida, 30, foram vítimas da violência da xenofobia. Eles moram legalmente em Portugal.As agressões aconteceram no bar Titanic Sur Mer no Cais do Sodré, em Lisboa. Jefferson conta que, quando estavam indo embora do local, foi ao banheiro e demorou para voltar. Quando Luís decidiu ir atrás dele dentro do bar, foi impedido de entrar e empurrado por três seguranças. “Ele recebeu um soco no rosto e foi ao chão sem ter feito nada”, relata Jefferson.
Ao ouvir o que aconteceu, Jefferson tentou apartar a confusão e acabou também sendo agredido, assim como a prima de Luís, que os acompanhava naquela noite. Em seguida, desesperado, Jefferson tentou tirar o foco da agressão de Luís jogando uma pedra, que acabou quebrando uma vidraça.
“Vi ele sendo agredido sem ter feito nada, então fui em sua defesa tentando apartar, mas fui agredido. Revoltado com as agressões, joguei uma pedra na frente do local, quebrando um vidro. Neste momento, o foco das agressões foi para mim. Começou então uma cena de horror, na qual eu fui afogado no rio Tejo, torturado e agredido. A todo momento eles gritavam que iam me matar. Só pararam quando a polícia chegou”.
Imagens obtidas pela emissora portuguesa TVI mostram o momento em que Jefferson foi atacado dentro da água. “Fiquei completamente ensanguentado e a agressão só parou quando a polícia chegou”, relata Jefferson.
O casal foi levado ao hospital, onde recebeu atendimento. Jefferson teve o nariz fraturado em três partes e passou por cirurgia.
Segundo Luís, a vidraça foi quebrada em legítima defesa. “Eles dão ênfase ao dano material, na vidraça quebrada. Mas o Jefferson quebrou em legítima defesa. O bar diz que era uma briga entre clientes, mas nas imagens dá para ver o segurança em cima dele.”
Ainda de acordo com o casal, quando a polícia chegou, o primeiro questionamento foi sobre eles serem imigrantes em situação legal no país. Jefferson mora em Portugal há seis anos e Luis, há um ano. “Nós, brasileiros, temos muito medo, porque não temos o mesmo tratamento. Se não mostramos que estamos legais no país, não querem nem ouvir a gente”.
> Com informação da imprensa portuguesa e outras fontes e foto da rede social.
• Brasileira diz não aguentar humilhações dos portugueses
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• Jornal diz que brasileiros criaram clone do PCC em Portugal
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