Os 'não crentes' passaram a representar uma significativa parcela da população, 37%, confirmando tendência de anos anteriores
A informação é da revista Il Timone e Euromedia Research, que fizeram um estudo sobre a religiosidade dos italianos.
Cristianismo em queda livre até na Itália |
Considerado como "chocante" pelo Il Giornale, o estudo mostra que, de fato, a população se afastou do cristianismo. Seguem alguns dados apurados pelo estudo:
— Os idosos compõem a maioria dos católicos, indicando que a renovação da população manterá a tendência de queda do número de seguidores de Cristo.
— Do total da população, mais de um terço, 37%, declara-se "não crente", o que os sem religião, ateus e agnósticos passaram a representar uma significativa parcela da população.
— Entre os "crentes", apenas 33% se confessam pelo menos uma vez por ano,
— Do total dos italianos que se declaram católicos, 32% não sabem o que significa a eucaristia, instituída com a última ceia de Jesus.
— Menos de 6 em cada 10 católicos que se consideram praticantes da religião não sabem o que é confissão.
— Do total dos religiosos, 66% erram ou ignoram a definição de "ressurreição da carne".
— Para 20% deles, o pecado é um "simples mal feito aos outros".
— Quase a totalidade dos cristãos, 96%, só reza ocasionalmente, e um a cada cinco o faz diariamente.
— Do total, 7 em cada 10 pessoas que vão à missa acreditam na existência do Diabo.
A tendência de queda do cristianismo na Itália e em outros países europeus já vinha sendo apontada por outras pesquisas, inclusive por levantamentos encomendados pela Igreja Católica. O que se verifica, agora, é o aumento da velocidade dessa tendência.
O conservadorismo da Igreja Católica é a principal causa do afastamento das pessoas da religião.
Mesmo com um papa tido como progressista, Francisco, a Igreja continua pregando contra o casamento homoafetivo, por exemplo, enquanto os casos de pedofilia de padres ocupam as manchetes da imprensa.
Representantes da Igreja Católica afirmam que uma maior atenção à educação cristã poderá evitar o declínio da religião, impedindo novas deserções e recuperando parte dos desgarrados.
Para observadores neutros, a secularização da Europa não tem volta.
> Com informação da Il Timone.
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