Em uma área de extração de ferro, foi encontrado apenas um único exemplar da Jacquemontia ferricola
Em um estudo inédito publicado na segunda (4) na revista “Acta Amazonica”, pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descrevem uma nova espécie de Jacquemontia encontrada na Floresta Nacional de Carajás, no Pará.
Os pesquisadores realizaram diversas expedições de campo, incluindo visitas a herbários brasileiros e internacionais, que possuem coleções de plantas.
Jacquemontia é um gênero de plantas que tem aproximadamente 120 espécies de trepadeiras ou arbustos com flores em formato de cone.
Em um estudo inédito publicado na segunda (4) na revista “Acta Amazonica”, pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descrevem uma nova espécie de Jacquemontia encontrada na Floresta Nacional de Carajás, no Pará.
Os pesquisadores realizaram diversas expedições de campo, incluindo visitas a herbários brasileiros e internacionais, que possuem coleções de plantas.
Em uma dessas expedições, realizada em julho de 2022 na Floresta Nacional de Carajás, a equipe de pesquisa se deparou com um exemplar de Jacquemontia com características diferentes das descritas para as outras espécies do gênero.
Após análises refinadas com microscopia eletrônica de varredura, que produz imagens em alta resolução da amostra, os pesquisadores chegaram à conclusão de que estavam diante de uma espécie ainda desconhecida pela ciência, e a batizaram como Jacquemontia ferricola.
Após análises refinadas com microscopia eletrônica de varredura, que produz imagens em alta resolução da amostra, os pesquisadores chegaram à conclusão de que estavam diante de uma espécie ainda desconhecida pela ciência, e a batizaram como Jacquemontia ferricola.
A Jacquemontia ferricola difere das demais espécies do gênero pelas flores brancas sem 'pelos' FOTO: DEIBSON BELO / ARQUIVO PESQUISADORES |
O termo “ferricola” foi escolhido em homenagem ao solo rico em minério de ferro, comum no local onde a planta foi encontrada.
Segundo os pesquisadores, na Floresta Nacional de Carajás, até o presente momento só existia uma espécie de Jacquemontia reconhecida, a Jacquemontia tamnifolia, que tem a flor azul e presença de indumento, como se fossem pelos que podem ser vistos a olho nu, densamente distribuídos na base da flor. Já a nova espécie, Jacquemontia ferricola, mede 10 milímetros e tem a flor branca como uma de suas características, além de não possuir indumentos.
“As plantas do gênero Jacquemontia ocorrem em quase toda América do Sul, sendo amplamente distribuídas no Brasil, principalmente na Caatinga”, explica Deibson Belo, o principal autor do estudo e estudante de doutorado em Biodiversidade na UFRPE. A nova espécie foi localizada em uma região de mineração, o que pode ameaçar sua conservação.
Segundo os pesquisadores, na Floresta Nacional de Carajás, até o presente momento só existia uma espécie de Jacquemontia reconhecida, a Jacquemontia tamnifolia, que tem a flor azul e presença de indumento, como se fossem pelos que podem ser vistos a olho nu, densamente distribuídos na base da flor. Já a nova espécie, Jacquemontia ferricola, mede 10 milímetros e tem a flor branca como uma de suas características, além de não possuir indumentos.
“As plantas do gênero Jacquemontia ocorrem em quase toda América do Sul, sendo amplamente distribuídas no Brasil, principalmente na Caatinga”, explica Deibson Belo, o principal autor do estudo e estudante de doutorado em Biodiversidade na UFRPE. A nova espécie foi localizada em uma região de mineração, o que pode ameaçar sua conservação.
“O nível de ameaça à Jacquemontia ferricola é preocupante, pois apenas um indivíduo foi localizado, e em uma área onde a extração de minério de ferro afeta a natureza. As medidas de conservação serão, portanto, necessárias para garantir a preservação desta espécie e de espécies ainda desconhecidas pela ciência”, conclui Belo.
A descrição da nova espécie amplia o número de espécies nativas conhecidas pela ciência em uma região com grande biodiversidade, no Norte do Brasil. Segundo o pesquisador, “o estudo pode inspirar a criação de políticas públicas de conservação tanto de plantas como de animais em regiões impactadas por atividades como a mineração”.
A descrição da nova espécie amplia o número de espécies nativas conhecidas pela ciência em uma região com grande biodiversidade, no Norte do Brasil. Segundo o pesquisador, “o estudo pode inspirar a criação de políticas públicas de conservação tanto de plantas como de animais em regiões impactadas por atividades como a mineração”.
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