Na Folha de S.Paulo, o ensaísta Luiz Felipe Pondé escreve sobre o confronto entre criacionismo e o darwinismo. Segue um trecho do texto.
Podemos confiar nas coisas e no mundo, se seguirmos as orientações morais e espirituais dadas por esse planejador via seus "representantes". Mas as religiões nunca foram, na imensa maior parte de sua história e pré-história, preocupadas com a afirmação de que tudo que existe é para a realização de um propósito bom.
Essa ideia é novidade, e pode ter, sendo bonzinho, uns 3.000 anos. A religião grega, por exemplo, nunca teve essa aspiração com relação aos seus deuses — aliás, nenhum dos politeísmos, nem os africanos e seus descendentes, como o candomblé.
Hoje, com o marketing ético que atravessa tudo, ninguém vai confessar que sua religião, desde os seus primórdios, nunca teve compromissos com o que se costuma chamar, vagamente, de bem. As religiões nunca foram éticas na sua origem."
"Quando um criacionista combate o darwinismo, ele o faz não só por conta da afirmação de que exista um planejamento, mas sim de que esse planejamento seja em si moral, bom e honesto.
Podemos confiar nas coisas e no mundo, se seguirmos as orientações morais e espirituais dadas por esse planejador via seus "representantes". Mas as religiões nunca foram, na imensa maior parte de sua história e pré-história, preocupadas com a afirmação de que tudo que existe é para a realização de um propósito bom.
Essa ideia é novidade, e pode ter, sendo bonzinho, uns 3.000 anos. A religião grega, por exemplo, nunca teve essa aspiração com relação aos seus deuses — aliás, nenhum dos politeísmos, nem os africanos e seus descendentes, como o candomblé.
Hoje, com o marketing ético que atravessa tudo, ninguém vai confessar que sua religião, desde os seus primórdios, nunca teve compromissos com o que se costuma chamar, vagamente, de bem. As religiões nunca foram éticas na sua origem."
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