O jornalista, que também atuou como obreiro, agora afirma que a pregação dos pastores é “pior que lixo”
Na emissora havia anos, Duran estava animado. Levou para o encontro a ideia de um programa sobre alimentos usados como remédio nos tempos bíblicos. E então diretores da Record lhe deram a notícia de que estava sendo demitido, sem direito à continuidade por algum tempo de seu plano de saúde. Duran sofre de uma doença degenerativa do sistema nervoso, a síndrome de Machado-Joseph.
A Record disse para Duran que ele estava ganhando muito |
Ainda abalado, o jornalista de 68 anos deu agora uma entrevista dizendo estar arrependido de ter doado à Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, o dono da Record, o total de aproximadamente R$ 1 milhão, ao longo de anos.
“Tenho tudo com recibo [bancário], fora o do dinheiro (em espécie). Doei o dinheiro porque acreditava muito no que eles [pastores] falavam. Só depois que descobri que aquilo é uma grande mentira”, disse.
Duran trabalhava de graça para a Igreja, como voluntário, obreiro. Apresentava programas, participava de gravações de vídeo e fazia leituras de textos. Reclamou que, se quisesse ver o seu trabalho, teria de assinar a UniverVídeo, cujo acesso não lhe era franqueado.
Expressou o que acha hoje da Universal: “As mentiras que as pessoas [pastores] pregam é pior que lixo. Eles não têm moral nenhuma pra dirigir uma igreja”.
O jornalista afirma que ainda não sabe se vai recorrer à Justiça. E a Universal, até agora, não se manifestou sobre o caso.
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