A decomposição de sacolas plásticas pode variar conforme as condições do ambiente onde são depositadas. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que fungos e outros microrganismos aceleram a deterioração de sacolas plásticas enterradas no solo.
Em três anos na terra, elas têm um nível de decomposição maior do que se fossem imersas em água limpa ou poluída. Os resultados do estudo estão publicados na edição de sexta (26) da revista científica “Matéria”.
Os pesquisadores testaram a degradação de sacolas plásticas submetendo amostras de plástico, num período de três anos, a condições ambientais em que elas são normalmente descartadas: em imersão em água limpa, água poluída, enterradas no solo, expostas na superfície do solo ou em contato com o ar. Para cada condição ambiental, foram testadas duas amostras de diferentes tamanhos de polietileno de baixa densidade. Esse é o primeiro tipo de plástico à base de petróleo produzido pela indústria.
Os pesquisadores analisaram a composição química da água limpa e poluída e do solo e, posteriormente, realizaram testes nos materiais para medir a sua perda de resistência.
Os pesquisadores testaram a degradação de sacolas plásticas submetendo amostras de plástico, num período de três anos, a condições ambientais em que elas são normalmente descartadas: em imersão em água limpa, água poluída, enterradas no solo, expostas na superfície do solo ou em contato com o ar. Para cada condição ambiental, foram testadas duas amostras de diferentes tamanhos de polietileno de baixa densidade. Esse é o primeiro tipo de plástico à base de petróleo produzido pela indústria.
Estudo testou a deterioração de sacolas plásticas em cinco tipos de ambientes FOTO: ROBERTA ERRANI / UNSPLASH |
Os pesquisadores analisaram a composição química da água limpa e poluída e do solo e, posteriormente, realizaram testes nos materiais para medir a sua perda de resistência.
O experimento controlado permitiu observar o processo de degradação sem a interferência de agentes externos.
“Usamos tecido em forma de tela para proteger as amostras expostas ao ar, regamos aquelas imersas em água. As amostras expostas ao solo receberam terra e as enterradas no solo também foram submetidas a uma terra sempre recolhida no mesmo ponto”, explica o pesquisador da UFMG e coautor do estudo Warlen Librelon.
Após o experimento, as sacolas plásticas enterradas no solo estavam mais flexíveis do que as expostas a outras condições, indicando um processo de degradação mais acelerado. Segundo o trabalho, isso pode ser efeito da ação de microrganismos presentes no solo responsáveis por degradar o material e, assim, tornar a estrutura do plástico mais maleável.
Após o experimento, as sacolas plásticas enterradas no solo estavam mais flexíveis do que as expostas a outras condições, indicando um processo de degradação mais acelerado. Segundo o trabalho, isso pode ser efeito da ação de microrganismos presentes no solo responsáveis por degradar o material e, assim, tornar a estrutura do plástico mais maleável.
Os pesquisadores observaram, também, que os microrganismos e químicos presentes na água poluída não aceleraram o processo de degradação do plástico.
Para Librelon, os resultados do estudo podem auxiliar na criação de políticas públicas que indiquem as melhores formas de descarte das sacolas plásticas, produzidas e consumidas amplamente desde a década de 1970.
Agora, os cientistas pretendem expandir os estudos a partir da análise das amostras ainda não degradadas. Para Librelon, esse avanço nas análises pode trazer informações sobre a exposição das sacolas em períodos mais longos.
Para Librelon, os resultados do estudo podem auxiliar na criação de políticas públicas que indiquem as melhores formas de descarte das sacolas plásticas, produzidas e consumidas amplamente desde a década de 1970.
Agora, os cientistas pretendem expandir os estudos a partir da análise das amostras ainda não degradadas. Para Librelon, esse avanço nas análises pode trazer informações sobre a exposição das sacolas em períodos mais longos.
“Teremos dados ainda mais relevantes e que podem ajudar a construir soluções para o descarte e a destinação final das sacolas plásticas”, conclui.
> Com informação da revista científica “Matéria”.
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