Benefício foi concedido durante o governo militar. A sua extinção já vinha sendo discutida antes do governo de ultradireita de Javier Milei
A partir deste mês, janeiro de 2024, o governo da Argentina deixará de pagar um salário a arcebispos e bispos. Na rede social, a Conferência Episcopal da Argentina anuncia que "renunciou" ao benefício.
A Igreja Católica, a única a se beneficiar dos cofres públicos, poderia ter tomado a decisão bem antes. O mesmo poderia ter feito o governo, primeiro para aliviar suas finanças e, segundo, para o país ser de fato um Estado laico.
A ajuda financeira aos sacerdotes da cúpula da igreja foi concedida durante a ditadura militar, no governo do general Jorge Rafael Videla.
A lei 21.950 de 1979 estabelecia que os prelados recebessem 80% da remuneração de um juiz nacional de primeira instância e os bispos auxiliares e o secretário-geral do Episcopado, 70%.
O valor do salário não vinha sendo atualizado, e cada bispo (e arcebispo) ganhava em média por mês o equivalente a R$ 315 reais (55 mil pesos), sem contar com o salário pago pela Igreja. Cem sacerdotes desfrutavam do benefício.
A pressão dos argentinos contra a ajuda do Governo a sacerdotes cresceu nos anos mais recentes, quando se acelerou a pobreza no país, com muita gente passando fome.
Em 2018, quando a Igreja fez campanha contra a aprovação da lei do aborto, aumentaram, em revide, as críticas ao subsídio oficial à Igreja. A lei do aborto foi aprovado, e Igreja e governo iniciaram uma contagem regressiva para o fim do pagamento.
A Argentina é historicamente católica, mas, a exemplo de outros países, a Igreja se distanciou da população, sendo contra o divórcio, contra a educação sexual abrangentes e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
> Com informação do El País e de outras fontes.
A partir deste mês, janeiro de 2024, o governo da Argentina deixará de pagar um salário a arcebispos e bispos. Na rede social, a Conferência Episcopal da Argentina anuncia que "renunciou" ao benefício.
A Igreja Católica, a única a se beneficiar dos cofres públicos, poderia ter tomado a decisão bem antes. O mesmo poderia ter feito o governo, primeiro para aliviar suas finanças e, segundo, para o país ser de fato um Estado laico.
A ajuda financeira aos sacerdotes da cúpula da igreja foi concedida durante a ditadura militar, no governo do general Jorge Rafael Videla.
A lei 21.950 de 1979 estabelecia que os prelados recebessem 80% da remuneração de um juiz nacional de primeira instância e os bispos auxiliares e o secretário-geral do Episcopado, 70%.
Privilégio à Igreja Católica foi concedido durante a ditadura militar, no governo de Videla |
O valor do salário não vinha sendo atualizado, e cada bispo (e arcebispo) ganhava em média por mês o equivalente a R$ 315 reais (55 mil pesos), sem contar com o salário pago pela Igreja. Cem sacerdotes desfrutavam do benefício.
A pressão dos argentinos contra a ajuda do Governo a sacerdotes cresceu nos anos mais recentes, quando se acelerou a pobreza no país, com muita gente passando fome.
Em 2018, quando a Igreja fez campanha contra a aprovação da lei do aborto, aumentaram, em revide, as críticas ao subsídio oficial à Igreja. A lei do aborto foi aprovado, e Igreja e governo iniciaram uma contagem regressiva para o fim do pagamento.
A Argentina é historicamente católica, mas, a exemplo de outros países, a Igreja se distanciou da população, sendo contra o divórcio, contra a educação sexual abrangentes e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
> Com informação do El País e de outras fontes.
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