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Parlamentares de São Paulo acionaram o Ministério Público para que investigue um Hospital São Camilo por ter negado a implantação de um dispositivo intrauterino, o DIU, em uma paciente.
O hospital privado da cidade de São Paulo alega que a recusa se deve ao fato de a instituição ser católica, e, portanto, não oferece o procedimento contraceptivo por causa dos valores religiosos.
Para a gerente de marketing, Leonor Macedo, que teve o procedimento recusado, a negativa mostra que o direito a prevenir uma gravidez não está consolidado no Brasil. “Se deparar com uma informação dessas em 2024, devido a religião, me parece um retrocesso muito grande”.
Para a gerente de marketing, Leonor Macedo, que teve o procedimento recusado, a negativa mostra que o direito a prevenir uma gravidez não está consolidado no Brasil. “Se deparar com uma informação dessas em 2024, devido a religião, me parece um retrocesso muito grande”.
Hospital diz 'não' a mulher que tem direito a atendimento FOTO: REPRODUÇÃO DO SITE DO HOSPITAL |
A rede de hospitais São Camilo assume que não oferece procedimentos contraceptivos por ser uma instituição confessional católica. A exceção é para casos de risco à saúde. A instituição diz ainda que orienta que as pacientes busquem outros hospitais junto ao plano de saúde.
Mas conforme a advogada e professora de direito Marina Coelho Araújo, a recusa vai contra a legislação brasileira.
Aborto
Nas últimas semanas, movimentos de mulheres denunciaram o fim do serviço de aborto legal em um hospital municipal de São Paulo considerado referência no procedimento. A prefeitura diz que o serviço ainda pode ser feito em outros hospitais.A obstetriz Flávia Estevan defende que o Brasil precisa passar para outro nível de discussão sobre direitos sexuais e reprodutivos e não apenas reagir à perda do que é básico.
“É básico que uma instituição de saúde coloque o DIU em uma paciente ou em todas as pacientes que expressarem esse desejo. É muito básico que o aborto previsto em lei seja assegurado nos hospitais, e não a gente ter que enfrentar o fechamento de serviços”, ressalta.
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