O regime político que se ajusta às palavras da ex-primeira dama é o da teocracia, como o do Irã, onde o governo está submetido à religião
Com pretensão de obter uma cadeira no Senado, ou até mesmo chegar à Presidência da República, Michelle, mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem um discurso político sem nenhuma substância, mas as palavras dela apontam para uma supremacia cristã — um regime governo que se compara ao do Irã, uma teocracia islâmica.
Ao se referir ao que a ex-primeira dama disse na manifestação de apoio a Bolsonaro, em 25 de fevereiro, o teólogo Ronilso Pacheco, do Instituto de Estudos da Religião, afirmou que ela prega um governo que se submeta a normas do cristianismo.
“Ela diz, em outras palavras, que durante muito tempo abriu-se mão de reconhecer e militar por uma supremacia cristã conservadora no Brasil.”
Na avenida Paulista, em São Paulo, no carro de som da manifestação, Michelle se dirigiu à multidão como se estivesse em um culto pentecostal. Chorou dizendo que “o Brasil é do Senhor”, defendendo “os valores e princípios cristãos”.
Acrescentou: “Por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento da libertação. Eu creio em um Deus todo poderoso capaz de restaurar e curar nossa nação”
O teólogo afirmou que Michelle está equivocada porque, no Brasil, “política e religião já estão profundamente misturadas”.
O que é preciso, segundo ele, é garantir que essa “relação seja democrática”.
Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico, afirmou que o discurso de Michelle pressupõe a destruição da laicidade de Estado, impondo, inclusive, o cristianismo sobre as outras religiões.
“Ela faz isso de uma forma muito sagaz, dizendo que a religião cristã representa o bem. Quem vai ser a favor do mal? Isso é muito populista e muito popular. Ainda mais em uma sociedade religiosa como a brasileira.”
> Com informação da Folha de S.Paulo e rede social.
Com pretensão de obter uma cadeira no Senado, ou até mesmo chegar à Presidência da República, Michelle, mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem um discurso político sem nenhuma substância, mas as palavras dela apontam para uma supremacia cristã — um regime governo que se compara ao do Irã, uma teocracia islâmica.
Ao se referir ao que a ex-primeira dama disse na manifestação de apoio a Bolsonaro, em 25 de fevereiro, o teólogo Ronilso Pacheco, do Instituto de Estudos da Religião, afirmou que ela prega um governo que se submeta a normas do cristianismo.
“Ela diz, em outras palavras, que durante muito tempo abriu-se mão de reconhecer e militar por uma supremacia cristã conservadora no Brasil.”
"O Brasil é do Senhor" FOTO: REPRODUÇÃO DA REDE SOCIAL |
Na avenida Paulista, em São Paulo, no carro de som da manifestação, Michelle se dirigiu à multidão como se estivesse em um culto pentecostal. Chorou dizendo que “o Brasil é do Senhor”, defendendo “os valores e princípios cristãos”.
Acrescentou: “Por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento da libertação. Eu creio em um Deus todo poderoso capaz de restaurar e curar nossa nação”
O teólogo afirmou que Michelle está equivocada porque, no Brasil, “política e religião já estão profundamente misturadas”.
O que é preciso, segundo ele, é garantir que essa “relação seja democrática”.
Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico, afirmou que o discurso de Michelle pressupõe a destruição da laicidade de Estado, impondo, inclusive, o cristianismo sobre as outras religiões.
“Ela faz isso de uma forma muito sagaz, dizendo que a religião cristã representa o bem. Quem vai ser a favor do mal? Isso é muito populista e muito popular. Ainda mais em uma sociedade religiosa como a brasileira.”
> Com informação da Folha de S.Paulo e rede social.
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