Estudo rastreou a rede social por três meses para saber o que está mobilizando o extremismo no Brasil
Dos 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos autodeclarados, ou seja, 80%, destacando-se nomes como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.
Essas informações estão no estudo feito por pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Com financiamento da Fundação Heinrich Böll, o estudo utilizou um soft de inteligência artificial que rastreou 50 milhões de pessoas por dia e posts de extremistas de novembro de 2023 a janeiro de 2024.
Foram monitorados os X (antigo Twitter), Instagram, Facebook e YouTube. O mais utilizado foi o X, que se firmou com a rede social preferida pela extrema-direita brasileira.
Em textos curtos, os posts expressavam sentimentos de ameaça, medo e desconfiança, na maioria das vezes em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ou em louvação a ele e de ataque ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ao presidente Lula.
Parte dos posts apenas continham links de publicações de direita ou de informações de interesse do bolsonarismo, como textos de apoio à tentativa de golpe de 8 de janeiro, segundo a professora Christina Vital, uma das coordenadoras do estudo.
O cientista político Joanildo Burity afirma que o estudo confirma a força de mobilização dos evangélicos de extrema-direita, embora esse segmento seja minoritário — cerca de 10% desse extrato da população, que representa 30% dos brasileiros.
Burity diz ser recente a influência do país da extrema-direita, que sempre esteve marcada pela sua associação com a ditadura militar, skinheads e grupos pró-nazismo.
“Os evangélicos deram uma base social de massas para o movimento de extrema-direita”, diz
“Sem essa militância religiosa da extrema-direita, ela se reduz ao que sempre foi: grupelhos de intelectuais, de empresários, de militares, muito coesos, mas capazes de reunir bem pouca gente”.
> Com informação da Fundação Heinrich Böll e DW Brasil.
Dos 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos autodeclarados, ou seja, 80%, destacando-se nomes como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.
Essas informações estão no estudo feito por pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Com financiamento da Fundação Heinrich Böll, o estudo utilizou um soft de inteligência artificial que rastreou 50 milhões de pessoas por dia e posts de extremistas de novembro de 2023 a janeiro de 2024.
Foram monitorados os X (antigo Twitter), Instagram, Facebook e YouTube. O mais utilizado foi o X, que se firmou com a rede social preferida pela extrema-direita brasileira.
X é a rede preferida da extrema-direita, bem à frente das demais |
Em textos curtos, os posts expressavam sentimentos de ameaça, medo e desconfiança, na maioria das vezes em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ou em louvação a ele e de ataque ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ao presidente Lula.
Parte dos posts apenas continham links de publicações de direita ou de informações de interesse do bolsonarismo, como textos de apoio à tentativa de golpe de 8 de janeiro, segundo a professora Christina Vital, uma das coordenadoras do estudo.
O cientista político Joanildo Burity afirma que o estudo confirma a força de mobilização dos evangélicos de extrema-direita, embora esse segmento seja minoritário — cerca de 10% desse extrato da população, que representa 30% dos brasileiros.
Burity diz ser recente a influência do país da extrema-direita, que sempre esteve marcada pela sua associação com a ditadura militar, skinheads e grupos pró-nazismo.
“Os evangélicos deram uma base social de massas para o movimento de extrema-direita”, diz
“Sem essa militância religiosa da extrema-direita, ela se reduz ao que sempre foi: grupelhos de intelectuais, de empresários, de militares, muito coesos, mas capazes de reunir bem pouca gente”.
> Com informação da Fundação Heinrich Böll e DW Brasil.
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