As 20 vítimas são freiras enclausuradas da ordem das Carmelitas Descalças do Mosteiro de San Bernardo, no norte da Argentina
Nala Gnirut
Nala Gnirut
Em uma decisão que lança luz sobre um capítulo obscuro da Igreja Católica da Argentina, a juíza Carolina Cáceres condenou o arcebispo Mario Antonio Cargnello e outros clérigos de alto escalão por abuso de 20 freiras da ordem das Carmelitas Descalças do Mosteiro de San Bernardo, em Salta, no norte do país.
A decisão judicial não incluiu pena de prisão ou outras medidas restritivas de liberdade para o arcebispo, mas apenas tratamento psicológico e participação em treinamento sobre discriminação de gênero.
A condenação foi baseada na omissão e negligência de Cargnello em relação ao abuso sexual sofrido por 20 freiras Carmelitas Descalças do Mosteiro de San Bernardo por mais de duas décadas.
As freiras, que vivem em reclusão dedicadas à solidão, ao silêncio e à oração contemplativa, sofreram abusos físicos, psicológicos e econômicos por mais de duas décadas, segundo a juíza.
O escândalo, que veio à tona em 2022, expôs uma série de maus-tratos, incluindo insultos verbais, ameaças, humilhações e agressões físicas.
Em seu veredicto, Cáceres descreveu o comportamento do arcebispo Cargnello como “violência física e psicológica de gênero”.
As freiras relataram episódios em que Cargnello as agarrava, esbofeteava, sacudia e até mesmo as silenciava apertando seus lábios. Em um caso particularmente chocante, o arcebispo teria atacado uma freira, golpeando-a enquanto lutava para tirar uma câmera de suas mãos.
Embora os clérigos neguem as acusações, o advogado do arcebispo Cargnello, Eduardo Romani, afirmou que, mesmo discordando da base da decisão, o arcebispo cumprirá a ordem de tratamento e treinamento.
As freiras expressaram alívio e esperança de que a decisão represente um passo importante na luta contra o abuso na Igreja Católica.
O caso das freiras de Salta se soma a uma série de denúncias de abuso sexual e de poder na Igreja Católica em todo o mundo. Motivadas pelo movimento #MeToo, as freiras estão se sentindo mais empoderadas para denunciar os abusos que sofrem, usando a hashtag #NunsToo nas redes sociais.
A decisão judicial não incluiu pena de prisão ou outras medidas restritivas de liberdade para o arcebispo, mas apenas tratamento psicológico e participação em treinamento sobre discriminação de gênero.
A condenação foi baseada na omissão e negligência de Cargnello em relação ao abuso sexual sofrido por 20 freiras Carmelitas Descalças do Mosteiro de San Bernardo por mais de duas décadas.
As freiras, que vivem em reclusão dedicadas à solidão, ao silêncio e à oração contemplativa, sofreram abusos físicos, psicológicos e econômicos por mais de duas décadas, segundo a juíza.
Arcebispo Cargnello foi acusado de esbofetar as freiras FOTO: DIVULGAÇÃO |
O escândalo, que veio à tona em 2022, expôs uma série de maus-tratos, incluindo insultos verbais, ameaças, humilhações e agressões físicas.
Em seu veredicto, Cáceres descreveu o comportamento do arcebispo Cargnello como “violência física e psicológica de gênero”.
As freiras relataram episódios em que Cargnello as agarrava, esbofeteava, sacudia e até mesmo as silenciava apertando seus lábios. Em um caso particularmente chocante, o arcebispo teria atacado uma freira, golpeando-a enquanto lutava para tirar uma câmera de suas mãos.
Embora os clérigos neguem as acusações, o advogado do arcebispo Cargnello, Eduardo Romani, afirmou que, mesmo discordando da base da decisão, o arcebispo cumprirá a ordem de tratamento e treinamento.
As freiras expressaram alívio e esperança de que a decisão represente um passo importante na luta contra o abuso na Igreja Católica.
O caso das freiras de Salta se soma a uma série de denúncias de abuso sexual e de poder na Igreja Católica em todo o mundo. Motivadas pelo movimento #MeToo, as freiras estão se sentindo mais empoderadas para denunciar os abusos que sofrem, usando a hashtag #NunsToo nas redes sociais.
Comentários
Postar um comentário