O líder religioso incitou à violência ao afirmar que a "igreja evangélica vai fechar muitos centros de umbanda
Em discurso, Valadão fez ameaçadas contra terreiros de umbanda, afirmando que “o tempo da bagunça espiritual acabou” e que “a igreja está na rua para fechar muitos centros de umbanda na cidade”.
Adeptos de religiões afro-brasileiras interpretaram o discurso de Valadão como tentativa de conversão à religião dele e incitação à violência.
Após investigação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), ficou comprovada a prática de intolerância religiosa por parte do pastor.
O relatório policial, encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), concluiu que as declarações de Valadão não se configuram como mera defesa da fé, mas sim como ataque à liberdade religiosa e promoção de discriminação.
Em sua defesa, Valadão alegou que suas palavras visavam a conversão de pessoas de religiões de matriz africana para o cristianismo. No entanto, a Decradi ressaltou que a conversão religiosa deve ser um processo livre e voluntário, não passível de coerção ou ameaças.
A prefeitura de Itaboraí se pronunciou à époc repudiando as declarações do pastor e esclarecendo que “as falas dos convidados não refletem a posição do governo, que é de respeito à diversidade religiosa e combate à intolerância”.
A pena para o crime de intolerância religiosa varia de um mês a um ano de prisão, além de multa.
> Com informação da Agência Brasil e de outras fontes.
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