O algoritmo avalia que o texto de autoria de um juiz federal é “perigoso ou depreciativo”
Paulo Lopes
trabalhou na Folha de S.Paulo, Agência Folha, Diário Popular, Editora Abril e em outras publicações
O texto foi publicado originalmente pelo Comércio de Jahu, jornal da cidade paulista Jaú. O autor é o juiz federal Rodrigo Zacharias.
Neste site, o texto foi publicado em setembro de 2011, portanto há 13 anos, e republicado em março de 2024. Até hoje (18 de julho de 2024), o texto foi acessado 19.225 vezes, mantida a exclusão de anúncios.
O algoritmo do AdSense informa que o texto precisa de “correção” para a monetização ser restabelecida, mas não há nele nada que possa ser interpretado como “conteúdo perigoso”.
Rodrigo Zacharias escreve, por exemplo, que “a ideia de um deus criador rancoroso, como o cristão, o judeu e o muçulmano, para os ateus não faz sentido à luz da ciência”.
Argumenta: “Somos serem pensantes, habitantes de um planeta maravilhosamente singular, em um universo imenso, onde a figura de um deus, ou de deuses, simplesmente não se ajusta, porque nada explica, apenas complica”.
Este site pediu à assessoria de imprensa do Google que se manifestasse sobre o equívoco, mas não obteve resposta.
A desmonetização da página demonstra que o algoritmo do Google é ainda falho em avaliar um suposto “conteúdo depreciativo”, inclinando-se para um posicionamento hegemônico, que, no caso, é o religioso.
Como, a partir do escaneamento massivo de textos e imagens, a inteligência artificial permeia cada vez mais a produção de conteúdo, o “equívoco” do AdSense é mais um indício de que os algoritmos das big techs funcionem, na prática, como impositores de pensamento único. Isto, sim, é perigoso.
Paulo Lopes
trabalhou na Folha de S.Paulo, Agência Folha, Diário Popular, Editora Abril e em outras publicações
O serviço de publicidade do Google, o AdSense, retirou os anúncios da página do texto 'Ateísmo significa libertação do medo do sobrenatural', neste site, por considerar o “conteúdo perigoso ou depreciativo”.
O texto foi publicado originalmente pelo Comércio de Jahu, jornal da cidade paulista Jaú. O autor é o juiz federal Rodrigo Zacharias.
Neste site, o texto foi publicado em setembro de 2011, portanto há 13 anos, e republicado em março de 2024. Até hoje (18 de julho de 2024), o texto foi acessado 19.225 vezes, mantida a exclusão de anúncios.
O algoritmo do AdSense informa que o texto precisa de “correção” para a monetização ser restabelecida, mas não há nele nada que possa ser interpretado como “conteúdo perigoso”.
IMAGEM: REPRODUÇÃO
Para o algoritmo, o texto precisa de correção, assumindo, assim, um ponto de vista preconceituoso contra o ateísmo |
Rodrigo Zacharias escreve, por exemplo, que “a ideia de um deus criador rancoroso, como o cristão, o judeu e o muçulmano, para os ateus não faz sentido à luz da ciência”.
Argumenta: “Somos serem pensantes, habitantes de um planeta maravilhosamente singular, em um universo imenso, onde a figura de um deus, ou de deuses, simplesmente não se ajusta, porque nada explica, apenas complica”.
Este site pediu à assessoria de imprensa do Google que se manifestasse sobre o equívoco, mas não obteve resposta.
A desmonetização da página demonstra que o algoritmo do Google é ainda falho em avaliar um suposto “conteúdo depreciativo”, inclinando-se para um posicionamento hegemônico, que, no caso, é o religioso.
Como, a partir do escaneamento massivo de textos e imagens, a inteligência artificial permeia cada vez mais a produção de conteúdo, o “equívoco” do AdSense é mais um indício de que os algoritmos das big techs funcionem, na prática, como impositores de pensamento único. Isto, sim, é perigoso.
> Íntegra do texto Ateísmo significa libertação do medo do sobrenatural.
Comentários
Postar um comentário