Ateus se assumem como tais em países onde há forte preconceito contra descrentes Rafat Awad pregava fervorosamente o Islã em sua universidade, encorajando seus colegas a ler o Corão e a rezar. Mas o tempo todo, o jovem farmacêutico nascido na Palestina tinha dúvidas. Quanto mais tentava resolvê-las, mais elas cresciam. Finalmente, ele disse a seus pais, ambos muçulmanos devotos, que era ateu. Eles trouxeram clérigos para casa, para falar com o jovem, tentando em vão trazê-lo de volta para a fé. Acabaram desistindo. “Foi o efeito dominó: você derruba a primeira peça e o movimento continua. Eu pensei: ‘Isso já não faz sentido’. E me tornei uma nova pessoa”, disse Awad, de 23 anos, que cresceu e vive nos Emirados Árabes Unidos. Alguém que se declare abertamente ateu é algo extremamente raro no mundo árabe, onde a maioria muçulmana é, como um todo, profundamente conservadora. É socialmente tolerável não ser ativamente religioso, decidir não rezar ou não cumprir outros atos de fé, ou
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