É impossível ficar em cima do muro no dia-a-dia Não há como provar a existência ou inexistência de Deus, e, a partir disso, a única posição filosoficamente aceitável é o agnosticismo. Mas no dia-a-dia do mundo real não faz sentido ser agnóstico porque o indivíduo tem de se comportar com houvesse ou não um Deus. O jornalista Hélio Schwartsman, da Folha, recorreu a esse argumento do cético Michael Shermer para enriquecer a questão levantada por João Pereira Coutinho, no mesmo jornal, de que sobre a existência ou não de Deus não se pode concluir nada. “Quando se trata do mundo real, ou o sujeito age como se houvesse um Deus pessoal ao qual terá de prestar contas no final dos tempos, ou como se não houvesse”, escreveu Schwartsman . “É por isso que eu não hesito em me declarar ateu”, afirmou. “Faz pelo menos duas gerações que Jeová não pauta a vida de ninguém na minha família — e a crença (ou descrença) religiosa se transmite geneticamente de pais para filhos na pro