Lincoln Chaves / Agência Brasil Pasquale Edivaldo Cacciola é de Alagoinhas, interior da Bahia, mas, adotado por uma família italiana, mudou-se para o país europeu aos dois anos. O português entrou em sua vida aos 18 anos, quando começou a estudar o idioma da pátria mãe pela internet. O ítalo-brasileiro vive em Nápoles, onde acompanha como jornalista o dia a dia do Napoli, um dos times de futebol mais tradicionais da Itália. O esporte, porém, saiu (sem previsão de volta) da rotina dele e dos mais de 60 milhões de italianos que, hoje, choram as mortes de milhares de compatriotas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Mais absurdo que isso, acho que só uma invasão alienígena”, diz Cacciola. “Não parece real. Nossas vidas mudaram de repente. Nossos costumes. Quando o governo fechou quase tudo [serviços considerados não essenciais, em 11 de março], muitas pessoas correram para os supermercados para comprar tudo. Hoje, quando saímos [de casa], tem de ser com máscara, luvas,