Videla (à direta) contava com os 'bons ofícios" dos bispos Sempre se soube do envolvimento da Igreja Católica com a ditadura argentina, mas agora há informação de que se tratou de uma efetiva colaboração para que os assassinatos do regime fossem mantidos na época longe do conhecimento público. E a informação é de fonte segura, do próprio ex-ditador argentino Jorge Videla, 87, presidente de 1976 a 1981 da Junta Militar que se apoderou do poder político. O general Videla cumpre prisão perpétua pelo assassinato de 31 prisioneiros capturados pela repressão aos opositores do regime. Ele deu uma entrevista à revista argentina El Sur, de Córdoba, contando que os bispos ofereceram seus “bons ofícios” para informar os pais sobre a morte de seus filhos nos porões da ditadura, convencendo-os a não divulgá-la para o bem de todos. Ou seja, os bispos — entre eles Pio Laghi e Raúl Primatesta — ajudaram no trabalho sujo do acobertamento dos assassinatos, diferentemente do que ocor
Ciência, saúde, religião, ateísmo, etc.