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Mostrando postagens com o rótulo Luiz Fernando Veríssimo

Ciência fracassa em acabar com crendices, escreve Verissimo

Maioria prefere acreditar  em astrologia, búzio,  divina providência por Luis Fernando Verissimo Nem Copérnico nem Galileu conseguiram convencer as pessoas de que a Terra não é o centro do Universo. A ciência fracassou na tarefa de vencer crendices e obscurantismo, que persistem em boa parte da Humanidade. A versão “oficial” da História humana, desde o século 18, é uma história de conquistas da razão secularista, mas esta versão não pegou. A maioria prefere acreditar nos búzios, em astrologia ou na Divina Providência.

Blasfêmia é atingir alguém com um Ak-47, afirma Verissimo

"Não há nada mais ofensivo do que espalhar os miolos de alguém" O cronista e escritor Luis Fernando Verissimo escreveu que dizer que o Charlie Hebdo foi longe demais em suas nas charges de Maomé é o mesmo que dar uma justificação para o atentado islâmico que matou com bala de fuzil quatro chargistas do jornal francês. “ É o mesmo raciocínio de quem diz que mulher estuprada geralmente estava pedindo.” Para Verissimo, não há nada mais ofensivo do que um tiro na cabeça. “Não posso imaginar uma blasfêmia maior do que espalhar os miolos de alguém com um Ak-47.” O jurista Aloisio Toledo Cesar, secretário de Justiça do governo de São Paulo, é exemplo daqueles para os quais o Charlie Hebdo se expede em suas retratações a Maomé. Ele afirmou que “essa torpe atitude soa quase como uma declaração de guerra [aos muçulmanos]”. Verissimo, em sua crônica publicada hoje em vários jornais, escreveu que “quem não crê em nenhum deus não pode, por definição, ser um blasfemo”. Explico

Atos contra 'Jesus Superstar' são ridículos, afirma Verissimo

"Supus que até as mentes mais obscuras pudessem se iluminar com o tempo" Os protestos de religiosos contra a ópera-rock “Jesus Cristo Superstar” são ridículos, afirmou o cronista e escritor Luis Fernando Veríssimo (foto). “Pensei que essa guerra já tivesse terminado, na ingênua suposição de que até as mentes mais obscuras, com o tempo, se iluminam — ou pelo menos se dão conta do seu ridículo”, escreveu ele em crônica que é publicada em vários jornais. A peça está em cartaz em São Paulo desde o dia 14, no Teatro do Complexo Ohtake Cultural. Trata-se de uma reencenação do espetáculo da Broadway de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice. No dia de estreia, cerca de 40 católicos do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, Associação Devotos de Fátima, Associação Sagrado Coração de Jesus e Brasil Pela Vida protestaram defronte ao teatro. Gritaram palavras de ordem, tocaram gaita de fole e tambor e portavam cartazes e estandartes. Desde então tem ocorrido protesto em todos os dias

Verissimo chega ao céu e pergunta se lá há lugar para ateu

por Luis Fernando Verissimo Veríssimo escreve crônica  onde se coloca na porta do céu A recepcionista que me recebe na porta do céu é simpática. Digita meu nome no computador, sorrindo. Mas o sorriso desaparece de repente. É substituído por uma expressão de desapontamento. Ai, ai, ai... - diz a recepcionista. - Aqui onde diz "Religião". Está: "Nenhuma" - Pois é... - O senhor não tem nenhuma religião? Pode ser qualquer uma. Nós encaminhamos para o céu correspondente. Ou, se o senhor preferir reencarnação... - Não, não. Não tem céu só pra ateu? Não existe um céu só para ateus. Nem para agnósticos. Também não são permitidas conversões "post-mortem" ou adesões de última hora. E me deixar entrar numa eternidade em que nunca acreditei, talvez tirando o lugar de um crente, não seria justo, eu não concordo? - Espere! - digo, dando um tapa na testa. - Me lembrei agora. Eu sou Univitalista. - O que? - Univitalista. É uma religião nova. Talvez

Verissimo comenta o poder de uma mera suposição — Deus

Verissimo se referiu  à Igreja Católica como  'empresa multinacional'  O escritor Luis Fernando Verissimo (foto), 76, se mostrou admirado com o poder da uma mera suposição, a da existência de um deus, que tem desafiado até agora todos os desafios da razão. Como exemplo da resistência dessa suposição, ele citou uma “empresa multinacional”— a Igreja Católica — que persiste há mais de 2.000 anos. “A hipótese de Deus não tem inspirado as religiões a serem muito religiosas”, disse Verissimo em crônica publicada na semana passada no jornal O Globo.  Em 2012, Verissimo ficou internado 24 dias, metade deles na UTI, com infecção generalizada.  Depois, em uma entrevista, o escritor disse que a "morte é uma sacanagem, sou contra" Segue a íntegra da crônica onde ele fala sobre as consequências da suposição da existência de um ente divino. Deus hipotético Um religioso dirá que não faltam provas da existência de Deus e da sua influência em nossas vidas. Qu

Literatura ateísta é uma boa novidade, afirma Verissimo

"Tudo sobre os males do monoteísmo é bem-vindo" O escritor Luis Fernando Verissimo (foto), 76, afirmou que até há pouco tempo não existia literatura ateísta, e é por isso que, segundo ele, os livros de ateus como Richard Dawkins e Christopher Hitchens são “uma boa novidade”. “Tudo o que se disser sobre os males do monoteísmo é bem-vindo.” A revista Época perguntou se é ele “um cético ou se é só um jogo de linguagem”. Resposta: “Sou um cético total, mas aberto a revelações”. Veríssimo respondeu por escrito e com seu característico humor à entrevista que a revista publicou esta semana. O escritor disse, por exemplo, que, se houvesse, aceitaria a reencarnação. “Principalmente se as encarnações anteriores contassem tempo para o INPS.” A revista quis saber, caso ele acreditasse no cristianismo descrito por Dante, onde se encaixaria melhor, no Inferno, no Paraíso ou no Purgatório.  Resposta: “No Paraíso. Desde que pudesse passar os fins de semana no Inferno.” Sobr

Livrar tribunais do crucifixo é ato de liberdade, diz Verissimo

Título original: Territórios livres por Luis Fernando Verissimo para o Estadão Imagine que você é o Galileu e está sendo processado pela Santa Inquisição por defender a ideia herética de que é a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. Ao mesmo tempo você está tendo problemas de família, filhos ilegítimos que infernizam a sua vida e dívidas, que acabam levando você a outro tribunal, ao qual você comparece até com uma certa alegria. No tribunal civil será você contra credores ou filhos ingratos, não você contra a Igreja e seus dogmas pétreos. Você receberá uma multa ou uma reprimenda, ou talvez, com um bom advogado, até consiga derrotar seus acusadores, o que é impensável quando quem acusa é a Igreja. Se tiver que ser preso será por pouco tempo, e a ameaça de ir para a fogueira nem será cogitada. No tribunal laico, pelo menos por um tempo, você estará livre do poder da Igreja. É com esta sensação de alívio, de estar num espaço neutro onde sua defesa será ouvida e talvez

Luis Fernando Verissimo, ateu famoso

Filho de pai agnóstico e mãe católica, Veríssimo se tornou ateu aos 14 anos Luis Fernando Verissimo é um ateu tão sutil e de bom humor quanto a sua escrita. Para ele, dizer em uma crônica que não acredita em Deus seria óbvio demais para seu estilo. Talvez por isso, para dar um exemplo de sua descrença, escreveu: “Só acredito naquilo que posso tocar. Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet”. Veríssimo nasceu no dia 26 de setembro de 1936 em Porto Alegre (RS). Passou alguns anos de sua mocidade nos Estados Unidos, onde aprendeu a tocar saxofone. É filho de Érico Veríssimo (1905-1975), autor de “Olhai os Lírios do Campo” (1938), entre outros livros. Ele começou a escrever profissionalmente quando tinha mais de 30 anos. Suas crônicas são publicadas em vários jornais. É autor de livros. Criou personagens como o "Analista de Bagé" e a "Velhinha de Taubaté". Tem posições claras de esquerda. Em uma entrevista, ele disse não ser contra a religião, a