por Franca Giansoldati Padre Maciel foi estuprador, mentiroso, corrupto, funesto Na periferia oeste de Roma, ao longo da Via Aurelia, em um dos becos de cimento em que todas as coisas parecem iguais às outras, surge uma anônima igreja de tijolos vermelhos e mármore branco, de construção recente, nem pequena nem imponente, nem feia nem bonita. Ela quase desaparece de vista, dissimulada no meio de uma selva de grandes palácios compactos e sem graça, agredida e engolida pelo tráfego mortal que corre à sua frente sem trégua. Ela poderia passar totalmente despercebida, se não se encontrasse na parte inicial de uma artéria de grande fluxo que, da capital, leva para o mar. Aparentemente, essa igreja não tem nada de incomum: parece ser nada mais do que uma das 330 paróquias romanas que surgiram como cogumelos junto com os novos bairros da cidade, durante o boom da construção dos anos 1960. Linhas regulares, quadradas e anônimas, nenhum vício arquitetônico. No entanto, o seu interio