Poema bizarro de Noronha causou constrangimento O pastor luterano Mozart Noronha (foto) protagonizou ontem (7) no velório de Oscar Niemeyer, no Rio, um episódio bizarro. Durante um culto ecumênico em homenagem ao arquiteto ateu e comunista, ele leu um poema que afirma que Deus ficou “mui feliz” com a morte do “velho guerreiro” e ordenou a organização de um coral para recebê-lo. E então, diz o poema, músicos e anjos se reuniram e, entoando “uns mil louvores”, receberam o arquiteto com a Internacional Comunista. Niemeyer, com roupa azul, chegou ao céu com uma bandeira vermelha e uma foice e um martelo e quis saber de outro comunista e ateu, Luis Carlos Prestes (1898-1990). No relato de Juliana Prado, do portal Terra, o poema causou constrangimento no velório. Mozart foi um dos quatro sacerdotes que celebraram o culto — além dele, dois padres e um rabino. O próprio pastor disse que talvez fosse a primeira vez em que tantos religiosos rezaram juntos pela alma de um ateu.
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