Oliver Sacks disse estar grato com a relação sexual que teve com o mundo Os crentes fanáticos gostam de afirmar que não há ateu em leito de morte, porque, antes do último suspiro, o infeliz acaba “aceitando Jesus”. Trata-se, evidentemente, de um mito, porque a descrença se encontra na ampla esfera da razão natural, de onde só se sai em caso de demência. O ateu Oliver Sacks (foto) é mais um que desmente esse mito. Com câncer, o neurocientista e escritor inglês de 81 anos está morrendo. A doença começou em um de seus olhos e, nove anos depois, se espalhou por outros órgãos, incluindo o seu fígado. No The New York Times ele escreveu uma despedida admitindo estar com medo da morte, mas, acrescentou, o seu sentimento predominante é o de gratidão. Disse que ama e tem sido amado pelas pessoas, o que lhe dá prazer. “Eu tive uma relação sexual com o mundo”, escreveu, referindo à interação entre escritor e leitores. Entre outros livros, Sacks escreveu “Tempo de despertar
Ciência, saúde, religião, ateísmo, etc.