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Mostrando postagens com o rótulo literatura

'A Peste', de Camus, ensina que a solidariedade é a maior arma contra a pandemia

Carles Casajuana / La Vanguardia    Fazia tempo que desejava reler Albert Camus e o coronavírus me deu o empurrão que faltava. Eu também pego "A Peste" e a devoro fascinado pela maestria com que Camus descreve como os habitantes da cidade empesteada — Oran — vão se adaptando à epidemia, como se instalam em um tenso presente, como pouco a pouco sua percepção da existência vai mudando. O doutor Rieux, o protagonista, ergue-se como uma figura incansável na luta contra a doença — um santo ateu, uma versão camusiana do super-homem nietzschiano —, em meio a um panorama desolador em que, no entanto, surge uma solidariedade bruta, primária. “É uma ideia que pode provocar riso — diz Rieux —, mas a única maneira de lutar contra a peste é a honestidade”. “O que é a honestidade?”, pergunta a seu interlocutor. “Não sei o que é em geral” — responde Rieux —, mas em meu caso, sei que consiste em fazer meu trabalho”. NA OBRA PRIMA DE ALBERT CAMUS, UM MÉDICO ATEU E UM JORNALISTA MOSTRA

Devoto de dogmas medievais, papa Francisco é mais perigoso que Ratzinger

"Não, papa Francisco. Aborto  não é moda" por Cora Rónai para O Globo O papa Francisco é um perigo. E pode causar estragos maiores do que Ratzinger jamais sonhou O papa Francisco é um senhor simpático e carismático, que sabe navegar na mídia. Faz ar compungido quando fala das desigualdades do mundo, faz cara feia para quem não é progressista, condena fabricantes de armas e denuncia o aquecimento global, reclama da burocracia do Vaticano e praticamente nega que o inferno existe.

Sobe procura por livro religioso e cai interesse por literatura

Produção de livros religiosos só perde para a de didáticos Estudo encomendado por editores de livro mostra que em 2015 houve um salto na produção de livros religiosos, de 16,24% (2014) para 19,62%.

Literatura ateísta é uma boa novidade, afirma Verissimo

"Tudo sobre os males do monoteísmo é bem-vindo" O escritor Luis Fernando Verissimo (foto), 76, afirmou que até há pouco tempo não existia literatura ateísta, e é por isso que, segundo ele, os livros de ateus como Richard Dawkins e Christopher Hitchens são “uma boa novidade”. “Tudo o que se disser sobre os males do monoteísmo é bem-vindo.” A revista Época perguntou se é ele “um cético ou se é só um jogo de linguagem”. Resposta: “Sou um cético total, mas aberto a revelações”. Veríssimo respondeu por escrito e com seu característico humor à entrevista que a revista publicou esta semana. O escritor disse, por exemplo, que, se houvesse, aceitaria a reencarnação. “Principalmente se as encarnações anteriores contassem tempo para o INPS.” A revista quis saber, caso ele acreditasse no cristianismo descrito por Dante, onde se encaixaria melhor, no Inferno, no Paraíso ou no Purgatório.  Resposta: “No Paraíso. Desde que pudesse passar os fins de semana no Inferno.” Sobr

Autor da bíblia laica diz não ser contra a religião: 'Eu a ignoro'

Título original: Bíblia laica traz evangelho de filósofos por Josélia Aguiar para Folha A. C. Grayling [na ilustração] se diz a versão suave de Richard Dawkins e Christopher Hitchens, dois ateus que militam contra Deus nos livros e na imprensa. Sua nova obra, como explica, não é "contra a religião". Apenas a ignora. The Good Book: A Humanist Bible (o livro bom: uma bíblia humanista, na tradução literal) quer ser fonte de inspiração, reflexão e consolo, partindo da tradição laica do Ocidente e do Oriente. "Ao se fixar em Deus e no que há após a morte, pessoas se distraem da vida", diz à Folha. Ninguém cai em desgraça se come o fruto da sabedoria, sugere o professor de filosofia da Universidade de Londres, autor de quase 30 livros. Por décadas, anotou o que disse Aristóteles, Heródoto, Safo, Nietzsche, Baudelaire, Rimbaud, Newton e editou as citações com estrutura e linguagem semelhantes às da Bíblia. Publicado há duas semanas na Inglaterra, o livro