A pregação conservadora religiosa que varre o Brasil criticaria até Cristo por ter transformado água em vinho Duas cidades baianas estão impondo uma “lei cristã” à população, o que inclui pessoas de crença não cristãs e descrentes. É como se, para a administração municipal, a interpretação da Bíblia de seus legisladores estivesse acima da Constituição, que determina o Estado laico. Nesse sentido, a proibição é comparável a uma determinação da sharia (lei islâmica). Nas cidades de Feira de Santana e Baixa Grande há lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas na Sexta-Feira da Paixão e impede nesse dia o funcionamento de bares. Ou seja, quem for ateu, por exemplo, tem de se submeter a uma lei de inspiração religiosa, como em países onde o islamismo é determinante. Até pessoa que segue uma religião cristã terá de se submeter à proibição, mesmo sabendo que Cristo, em uma festa, transformou água em vinho. O Ministério Público do Estado da Bahia encaminhou à Justiças duas Adins (A